Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
 O artigo 927, caput, do Código Civil, coloca a termo um dos princípios elementares do Direito Privado, que é a obrigação de reparar um dano por aquele que o causou.
A obrigação de indenizar não é idêntica em todas as situações. A regra geral é que esse dever exista somente quando a vítima do dano prove sua existência e o erro do agente. Essa modalidade de responsabilidade é denominada “subjetiva”, condicionada, portanto, à constatação de negligência, imprudência imperícia ou dolo (vontade de causar o dano).
Existe ainda outra modalidade da obrigação de reparar um dano, dita OBJETIVA, prevista no parágrafo único dessa mesma norma e na qual o dever de indenizar depende apenas da ocorrência do fato causador de prejuízo.
A responsabilidade objetiva, mais grave, regula as atividades da maioria dos profissionais liberais, como médicos, engenheiros e arquitetos.
Por outro lado, a responsabilidade subjetiva atinge os advogados.
Em todos os casos, no entanto, é fato que os profissionais liberais, pessoas físicas, lidam com negócios empresariais muitas vezes milionários.
Se cometerem um erro nesses negócios, ou mesmo se acontecer um evento danoso que não seja de sua culpa, terão que reparar os prejuízos causados a seus clientes.
Por esse motivo, considerando ser impossível ao ser humano acertar sempre, e prever todo tipo de risco é que um dos produtos securitários mais importantes do mercado é o seguro de responsabilidade civil que protege os profissionais liberais contra danos que eventualmente causem a clientes com ou sem caracterização de culpa.